CURTIR

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Alguns dias parecem ter bem mais que vinte e quatro horas

Tranqüilidade. Foi o que senti ao despertar. Era domingo, estava tudo bem; não temia pensar no sábado que passara. Que bom, ontem não bebi nada, nenhuma gota sequer - pensei. A lembrança daquela gente do grupo veio à tona. No dia anterior participara, pela primeira vez, de uma reunião de A.A. Recordei também a expressão de alívio de meus pais, quando lhes mostrei os folhetos que recebera no final da reunião.
O dia, mais que os outros, começou novo e diferente. Afinal, havia exatamente uma semana que, pela manhã, não conseguia erguer-me do chão de meu quarto. Estava tão bêbado quanto nos outros finais de semana dos últimos três anos, aliás, havia cerca de nove anos que aquelas ressacas faziam parte de minhas manhãs. Havia uma semana que eu não bebia... Sete dias, quem diria! Levantei-me. Disposto, tomei um banho. O domingo em casa é tradicional. Todos acordam mais tarde, por isso, sozinho, tomei o café. Realmente estava tudo bem, até que uma pequena dúvida foi surgindo lentamente, como aquela dor de dente que vem de mansinho e subitamente rouba a paz junto com todos os outros pensamentos. Dez da manhã. "O que vou fazer hoje?", perguntei-me. "Caramba, não 'quero' (devo) sair de casa", me dei conta. Que domingão... O tempo passava e estabelecia-se, a cada minuto, a angústia, a ansiedade, a indecisão e o medo.
Todos já estavam de pé. Como era difícil ficar em casa com a família e sem beber... Eu sentia que estava "sozinho". Apesar de todos, faltava algo. No final de semana anterior eu havia ultrapassado todos os limites. Após aquela minha última bebedeira, tive que dar um tempo e fazer uma avaliação geral das perdas e ganhos. Não foi difícil perceber que muita coisa estava errada. Mas, por ter procurado Alcoólicos Anônimos no dia anterior, por algum motivo achei que isso tivesse livrado a minha cara em casa. Por isso tanta indecisão naquela manhã. Não percebi, mas a velha rotina ia instalando-se novamente: bebia muito, fazia besteiras; em seguida fazia promessas, jurava; depois forçava uma parada e não bebia (ultimamente por um dia ou algumas horas) e, por fim, quase sem perceber, bebia e fazia besteiras... Tudo novamente. Era o que acontecia.
Logo nas minhas primeiras vinte e quatro horas, meu íntimo de bebum racionalizava magistralmente dizendo a mim mesmo: "Todos os seus problemas acabaram, você mostrou à sua famí­lia que podia ficar uma semana inteira sem beber e que tinha se humilhado bastante procurando ajuda em A.A. Agora você terá carta branca em casa por algum tempo. Que tal uma cervejinha com os amigos?" Sintam isso. Essa era minha dor: saber que apesar de estar abstêmio, o primeiro trago rondava implacável feito justiceiro do sertão, sedento por sua vítima. Tive sorte, não saí­. Comi um pouco e após o almoço veio um sono bom. Dormi e ao acordar fiquei pensando sobre se voltaria ao grupo de A.A. Algo em mim falava bem alto: "Qual nada! Você não precisa voltar. Você já conheceu uma reunião, já sabe como funciona. Está tudo bem, sua barra já está limpa". O Grupo teria reunião às quatro da tarde, eram duas horas e senti novamente a angústia, mas agora era diferente. O medo já não era de beber, e sim de voltar ao grupo. Fiquei deitado pensando na reunião. Lembrava-me de alguns rostos, de algumas histórias. Pensar na frase "alcoolismo é doença incurável" era terrível, doía muito. No fundo eu ainda achava que podia beber sem ter problemas.
Era junho, mas o sol estava lá fora. Olhei pela janela, senti medo de perder a vida agitada que levara até ali. Quantas festas, quantas tardes e noites ainda estavam por vir. Como seria todo o seco? Hoje sei que, às vezes, a realidade é dura, mas naquele dia era difícil aceitar isso. Sabe, quase tudo o que senti naquele domingo foi medo e vontade de beber.
Era como ter que optar, naquele momento, entre beber e não beber. Difícil, não é? Voltar ao grupo era difícil. Significaria abaixar as armas e render-me e eu nunca havia me rendido antes. A insegurança era tamanha que decidi sair. Daria uma volta. As três horas da tarde saí­ sem destino. Andei pensando sobre ter que freqüentar reuniões periodicamente, com a palavra “incurável" ecoando em minha mente.
A tarde já não era tão ensolarada. Nas ruas tudo parecia tristeza cinza e eu andava com o temor que só o medo traz. Decidi ir ao centro. "Vou a uma reunião, ou não", questionei. Eu todo, dos pés até a cabeça era indecisão em pessoa andando indecisa. Passei por duas vielas, por algumas ruas, andei por uma avenida, atravessei um bairro residencial e, por fim, estava no centro da cidade.
Domingo à tarde poucos bares ficam abertos. Passei por um, por dois e pensei seriamente em acabar com tudo aquilo. Eu tinha algum dinheiro; era só entrar, pedir uma bebida e continuar na roda viva, na ciranda dos "des"prazeres. Mas, sem haver planejado, parei na porta do grupo. Por dois ou três segundos um argumento invadiu-me os espaços vazios. Foi como um relâmpago. Percebi que se não voltasse, depois eu diria que Alcoólicos Anônimos não funcionava, que eu já havia experimentado sem êxito e o medo novamente chegou.
Naquele momento ganhei um grande presente de mim mesmo: uma chance - era tudo o que eu precisava. A indecisão decidiu-se. Entrei. Ao subir as escadas, a falência tomou conta de mim: "É, eu preciso disso, senão morro sozinho na escuridão" murmurou aos meus ouvidos.
Entrei na sala, havia novos rostos. Pude sentir-me dentro de mim. Havia preenchido um lugar vazio que há muito me inundara. Enfim, eu estava de volta, novamente.

Só por hoje, continuo voltando.
Leuba
Vivência nº 44 Nov/dez 96          Colaboração, Grupo Carmo Sion de AA



quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Alcoolismo e desempenho sexual




Dr. Alberto Duringer - Médico
Ex-Diretor do Hospital Central da Polícia Militar
Conselheiro no Conselho Estadual de Entorpecentes
Na sociedade em que vivemos, o sexo não é completamente livre. Ele está limitado por uma série de censuras éticas, morais e sociais, que fazem com freqüência o desejo não se concretizar como ato sexual, ficando tudo apenas na vontade. Ocorre que estas censuras são anestesiadas pelo álcool etílico e é por isso que muita gente associa o exercício de sua sexualidade com a ingestão de bebidas alcoólicas.
Se isto é válido para quase todo o mundo, é muito mais ainda para o alcoólatra, que tem todo um passado ligado a um freqüente e intensivo consumo de bebida, sem falar no fato de que o álcool desencadeia nele uma fantasia de grandiosidade, na qual ele se julga atraente, quase irresistível e certamente o melhor amante do mundo. Freqüentemente um alcoólatra não consegue nem se lembrar de ter tido sexo, sem antes ter bebido álcool. Esta associação, válida por muitos anos, acaba profundamente marcada em seu subconsciente.
Por outro lado, a ingestão crônica de grandes quantidades de álcool por períodos prolongados de tempo, agride diretamente as glândulas sexuais, provocando sua atrofia; o álcool pode até aumentar o desejo, mas termina prejudicando o desempenho. Homens alcoólicos, em fase avançada da doença, diminuem progressivamente sua potência, perdem pêlos, às vezes apresentam até crescimento mais ou menos acentuado das mamas. Mulheres alcoólicas, podem perder suas características sexuais secundárias femininas, atrofiam suas mamas, vêem suas menstruações diminuídas ou ausentes, tornam-se estéreis. No fim da doença alcoólica, fica freqüentemente difícil distinguir, ao primeiro olhar, quem é homem, quem é mulher.
Por felicidade, este comprometimento das glândulas sexuais (testículo e ovário), não costuma ser definitivo, podendo o alcoólatra voltar à sua normalidade apenas parando de beber. Só que isto não acontece da noite para o dia, a agressão geralmente foi muito prolongada e durou muitos anos. A observação clínica mostra que o prazo de recuperação é variável, mas costuma oscilar entre 3 e 6 meses de abstinência. Reconheço que o problema é de difícil aceitação, para o doente: ao parar de beber, o alcoólatra pela primeira vez lúcido, depois de muito tempo, descobre estar impotente e se desespera. Três a seis meses é muito tempo, para quem deseja soluções rápidas. Todo o seu subconsciente associa sexo com álcool, faz parte de toda a sua vida sexual. Existe uma vozinha compulsiva dentro dele, dizendo que ele vai conseguir, se antes tomar uns goles. Tudo isto, mais a insegurança, os medos, o orgulho ferido, a revolta existentes neste período inicial de abstinência, levam com freqüência a uma recaída. É claro que voltar a beber não soluciona coisa alguma, só agrava o problema cada vez mais, mas não falta quem venda na rua todo o tipo de garrafadas, vinhos e tônicos (sempre contendo álcool), que falsamente prometem uma recuperação da potência. É importante que o alcoólatra seja alertado contra este canto de sereia, senão certamente irá recair.
A única possibilidade de recuperação física exige um período de abstinência um pouco mais prolongado e há que se ter a necessária paciência para esperar por ela. É claro que pode haver mais algum outro fator influindo, diabete ou lesão vascular, por exemplo, cujo tratamento depende de uma ida ao médico e de tratamento apropriado. O alcoólatra que esteja nesta situação não deve deixar de fazer um bom exame geral, para ver se não há outras doenças associadas.
Sexo porém não é só uma atividade física. Há todo um clima amoroso envolvido, uma sedução preliminar, que é da maior importância. Existem alcoólicos que nunca tiveram relações em toda a sua vida, sem antes beber, desde sua adolescência. Agora, homens maduros, vêem-se diante da perspectiva de fazê-lo sem álcool, como se fosse a primeira vez, como se tivessem de aprender como é que se faz para namorar.
Mesmo quando o alcoólico ainda conseguiu manter uma relação estável, os laços afetivos costumam estar severamente atingidos. Por exemplo, uma mulher não alcoólica, que vê seu companheiro chegar à noite bêbado, sujo, cheirando mal em casa, vomitando e depois desmaiando numa cama, tem todos os motivos para não gostar de fazer sexo com ele e sentir até repugnância física. De repente, este alcoólico diz para ela não estar mais bebendo, que está se recuperando, digamos, dentro de uma sala de Alcoólicos Anônimos. Provavelmente ela já ouviu muitas juras e promessas não cumpridas, tendo todo o direito de estar descrente de que desta vez é para valer, podendo ainda estar adoecida de raiva e ressentimentos, criando-se um clima absolutamente impróprio para qualquer relação amorosa. Também aí, só o tempo pode ajudar, à medida que a recuperação se torne mais consistente.
Em resumo: a sexualidade está prejudicada no alcoolismo por comprometimentos físicos, psíquicos e espirituais e só uma recuperação nestas três áreas, aliada ao fator tempo, pode levar novamente à normalidade.

 
COLABORAÇÃO, Grupo Carmo Sion de AA

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

REUNIÃO TEMÁTICA NO GRUPO DE AA EM ITAPOÃ



Favor divulgar.



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Alcoólicos Anônimos
Grupo em Itapoã
Anexo a Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Itapoã
Rua Curitiba, 560 - Itapoã, Vila Velha, ES. (próximo à praça Dom Cavati)
Reuniões: Quarta e Sexta feira - 19:30h
Caso não queira mais receber nosso e-mail, responda este e-mail com o assunto remover.


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A Espiritualidade das Tradições no Programa de A.A.


 
“Mesmo estando sóbrios há alguns anos, continuamos tendo boa disposição para colaborar nos Serviços de A.A.?”
Depois de conhecer a mensagem de AA, torna-se responsabilidade de cada um dos membros, entender que o grupo tem de sobreviver para que o doente em recuperação que lá se encontra não venha a perecer. E que assim possa proporcionar aos que ainda chegarão um dia, uma mensagem viva, fortalecedora, renovadora, cheia de amor e de gratidão!
AA é um programa espiritual e de vida! De uma nova vida! Não basta “botar a rolha na garrafa”. Requer dos seus membros o estudo e a prática dos princípios espirituais, para que continue havendo um verdadeiro compartilhar e Unidade!
Na Reflexão Diária do dia 20 de março - AMOR E TOLERÂNCIA – diz: “Nosso código é o amor e a tolerância pelos outros” - “Alcoólicos Anônimos, pág. 104”. Em seguida, comenta a leitura: “Descobri que preciso perdoar aos outros em todas as situações, a fim de manter um verdadeiro progresso espiritual. A importância vital do perdão pode não ter sido óbvia para mim à primeira vista, mas meus estudos me diziam que todo grande professor espiritual tinha insistido fortemente nisso. Devo perdoar as injúrias, não apenas por palavras, ou como formalidade, mas dentro do meu coração. Não faço isto por amor às outras pessoas, mas para o meu próprio bem. Ressentimento, raiva ou desejo de ver alguém punido, são coisas que apodrecem minha alma. Tais coisas me prendem a mais dificuldades. Elas me amarram a outros problemas que não têm nada a ver com meu problema original”.
A maioria de nós tem aprendido que a recuperação do alcoolismo não é uma dádiva para ser agarrada egoisticamente para si. Significa também responsabilidade por servir a outros, tanto dentro como fora de AA.
Através de nossas Doze Tradições, temos nos colocado contra quase todas as tendências do mundo lá fora. Temos negado a nós mesmos o governo pessoal, o profissionalismo e o direito de dizer quais deverão ser nossos membros. Abandonamos o fanatismo, a reforma e o paternalismo. Recusamos o dinheiro de caridade e decidimos viver à nossa própria custa. Procuramos cooperar com praticamente todos, mas não permitimos por filiação, que nossa Irmandade seja unida a nenhuma. Não entramos em controvérsia pública e não discutimos mesmo entre nós, assuntos que dividem a sociedade: religião e política. Temos um único propósito, que é o de levar a mensagem de AA para o doente alcoólico que deseja. E assim, para o nosso bem como Irmandade, deve continuar.
“Tomamos essas atitudes, não porque pretendemos ter virtudes especiais ou sabedoria; fazemos essas coisas porque a dura experiência tem ensinado que precisamos, se o AA quiser sobreviver num mundo conturbado como é o de hoje!”
Graças ao Poder Superior, cada vez mais, os grupos de AA estão compreendendo que eles são entidades espirituais, e não pontos de organizações de negócios ou criados para outras finalidades, senão única, a de levar a mensagem ao alcoólico que ainda sofre.
O passar dos anos nos tem trazido belíssimos princípios desta Sabedoria. Um dos mais preciosos reside exatamente na auto-sustentação que a Irmandade deve ter por seus próprios membros. Outro é a Prudência. Auto-suficiência e prudência juntas, mostram-nos que tudo podemos.
Ao longo de nossa vivência dentro de AA, verificamos que são inúmeras as dádivas que recebemos depois de sóbrios: um verdadeiro lar, o resgate de um nome, uma família, o recomeço de uma vida saudável e feliz! E, acima de tudo os bens espirituais que se traduzem no reencontro consigo mesmo! no amor por si, para consigo e para com os outros. Diante disto, que maneira mais original para uma retribuição? Muitos ainda desconhecem, mas é através do verdadeiro entendimento da auto-suficiência que tanto necessita a Irmandade, somada a Prestação de Serviços.
É muita vaidade e mesmo egoísmo, chegarmos no nosso grupo base, apenas para ouvir os depoimentos, dar alguns “desabafos”, ir embora muitas vezes antes do término da reunião ou então não participarmos dos problemas e das necessidades do Grupo!
É muito estranho, o grupo não ter literaturas para o ingressante. Não estar com a sua sala bem organizada e limpa. Não ter o seu Comitê de Serviços ou o Comitê Orientador. Não ter a sua autonomia bem alicerçada, por falta de Servidores de Confiança!
É difícil de se entender, a existência de um Órgão de Serviço, criado pelos Grupos para lhes servir e para fazer pelos grupos aquilo que os mesmos não podem, visto a sua primordial destinação e, logo em seguida, este Escritório de Serviços não poder executar suas ações pela falta de contribuições destes grupos que o criou e que está naquele local lhes servindo direta ou indiretamente, quase todos os dias.
Muitas vezes, quando são feitas referências ao AA e aos Serviços de AA numa Comunidade, tanto por membros AAs como por pessoas não AAs, o fato deveria contagiar a todos de orgulho e felicidade. Porém, também invariavelmente, se percebe que muitos poucos membros se interessam como aquilo foi feito ou o que se gastou para se fazer ou porque foi feito!
"Deus se interessa por nós, seres humano, quando realmente O buscamos”.
O ser humano tende a buscar felicidade de acordo com suas próprias fórmulas, transformando a vida em busca desenfreada de sucesso, prazeres e fugindo dos seus medos.
Ao longo desse processo, sofre e faz sofrer. Libertar-se desse ciclo escravizante significa tornar-se mais livre e mais feliz.
Deus nos faz mais fortes com cada vitória. É mais ou menos como uma vacina: Ele nos dá pequenas doses para não pegarmos a doença e de uma forma constante e gradual, aumentar nossa resistência. Às vezes somos postos à prova, quando desafiamos os nossos Princípios...
Ocasiões para refletir se tornam necessárias. É aí onde nós encontramos as luzes dos princípios que norteiam nossas vidas dentro e fora de AA. Isto deveria ser entendido como fatores de grande importância, principalmente se levarmos à sério e com bastante fé!
Fé é a firme convicção de que algo seja verdade, sem nenhuma prova de que este algo seja verdade, pela absoluta confiança que depositamos neste algo ou alguém.
A fé se relaciona com os verbos acreditar, confiar ou apostar. Ter fé é nutrir um sentimento de afeição, ou até mesmo amor, pelo que acredita, confia e aposta. A fé não é baseada em evidências físicas, reconhecidas pela comunidade científica. É um sentimento nutrido em relação a uma pessoa, um objeto inanimado, uma ideologia, um pensamento filosófico, um sistema qualquer, uma base de propostas ou dogmas de uma determinada religião, uma crença popular e até um conjunto de regras, princípios ou tradições.
A fé se manisfesta de várias maneiras e pode estar vinculada a questões emocionais e a motivos nobres ou estritamente pessoais. Pode estar direcionada a alguma razão específica ou mesmo existir sem razão definida.
A fé emotiva é aquela que vem de imediato. Acontece ali, na hora, levada pela emoção. Já a fé racional age com a razão, levando o indivíduo a ter esperança. E com esperança se adquire Amor e com amor você demonstra gratidão e com gratidão se pratica a doação!
Para se exercitar a espiritualidade das Tradições é preciso ter estas noções que abordaram sobre a fé. Se não for assim, você não aceita e até poderá criticá-la ou mesmo desprezá-la!
É oportuno mencionar o que disse Santa Terezinha de Jesus: “Onde tem Amor, pondes amor e encontrarás mais Amor”, para agradecermos ao Poder Superior, Deus como O concebemos, pelas dádivas que todos nós temos recebido. E se isto foi e é possível é graças ao nosso respeito a espiritualidade de nossos princípios.
A espiritualidade das Tradições é real e precisa. É igual a espiritualidade dos Doze Passos. É igual a espiritualidade dos Doze Conceitos para os Serviços Mundiais. Resta-nos descobri-la a cada dia, exercitá-la e respeitá-la incondicionalmente, tanto por nós quanto pelo nosso próximo, mesmo que não esteja tão próximo!
Que o Poder Superior nos Abençoe!!!
CAMPOS S./Brasília-DF

domingo, 17 de fevereiro de 2013

CURTA ESTA MENSAGEM

 
AA

BOA VONTADE: A CHAVE DO SUCESSO

 


Mesmo estando em recuperação há algumas 24 horas, sentia que a programação de A.A. ainda não estava presente em minha vida, pois eu acordava pela manhã mesmo sem ressaca há vários anos, reclamando:  Nossa já é hora de levantar, passou tão rápido esta noite! Tenho que ir trabalhar mesmo?

Era assim que começava o meu dia e no decorrer deste, batia uma monotonia, uma tristeza sem explicação. Assim, eu ia levando, reclamando, me tornando sem perceber, um verdadeiro ranzinza.
Esta fase aconteceu após 3 anos em A.A., até que um “AAmigo”, certo dia me disse: -

  • Faça o 3º Passo;
  • entregue sua vida aos cuidados do seu Poder Superior;
  • mude seu foco;
  • comece a agradecer ajudando sem esperar retorno;
  • seja grato por acordar cedo e sem ressaca, pois que precisa acordar cedo é porque esta trabalhando e se tem um trabalho terá pão em sua mesa;
  • agradeça por estar em recuperação e que a programação está funcionando para você.

Aquelas palavras mudaram meu caminho!


Recordo-me quando eu estava no sanatório e que meu maior patrimônio eram minhas sandálias havaianas.
Bastou um pouco de boa vontade para eu encontrar a chave do sucesso!
Hoje acordo pela manhã e agradeço ao meu Poder Superior por estar em A.A., por estar sóbrio e com minha família.
Tenho um bom trabalho, voltei a estudar e sou saudável.
Agradeço ao A.A. e ao Poder Superior pela minha vida, pela minha felicidade.
Hoje sim, tenho prazer no trabalho, nos meus momentos de lazer com minha família, pois amo minha esposa e retribuo a força que ela me dá em minha programação. Amo meus filhos e isso companheiros é porque entreguei minha vontade e minha vida aos cuidados de um Poder Superior como O concebo.


Só Por Hoje! Funciona. Felizes 24 Horas de Sobriedade e Serenidade.
(Fonte: Revista Vivência – 113 – Mai./Jun. 2008 – Euler/Goiânia/GO)

Dr. Silkworth a respeito de Jesus Cristo

 

Capa do livro "Silkworth: The Little Doctor Who Loved Drunks"

By Dale Mitchel (Hazelden-Pittman 2002)

Dr. Silkworth a respeito de Jesus Cristo
Os praticantes dos Doze Passos que estudam o Livro Azul de A.A. estão, é claro, familiarizados com o mentor médico de Bill Wilson, Dr. William Duncan Silkworth. Bill o chamava do bom pequeno doutor que amava os bêbados. Silkworth, um psiquiatra, tinha tratado milhares de alcoólicos e era diretor do Towns Hospital em New York, onde Bill tinha várias vezes buscado ajuda. Apesar de que o Dr. Silkworth tenha explicado a doença do alcoolismo para Bill, este continuou a beber até encontrar seu padrinho Ebby Thacher, que tinha se recuperado através do programa espiritual do Grupo Oxford. Ebby tinha também ido à Missão de Recuperação do Calvário, mantida pela Igreja Episcopal do Calvário do Reverendo Dr. Sam Shoemaker em New York; e Ebby lá fez sua opção por Cristo. Wilson foi para lá com o mesmo propósito e, de acordo com uma conversa que o autor manteve com a viúva do Dr. Shoemaker (Helen Smith Shoemaker), Bill Wilson fez sua opção por Cristo na Missão de Recuperação. Bill permaneceu bêbado por alguns dias e então foi ao Towns Hospital e de novo buscou a ajuda do Dr. Silkworth. E foi durante essa internação, que Bill conheceu os passos de mudança de vida do Grupo Oxford, e teve sua experiência de iluminação, relatou-a para o Dr. Silworth, e ouviu do Dr. Silkworth, que para ele (Bill) seria melhor apegar-se ao que lhe acontecera. Silkworth posteriormente foi chamado para escrever o capitulo “Opinião do Médico” que abre o texto básico do Livro Azul. O retrato de Silkworth no Passar Adiante de A.A., a biografia da vida de Bill.
Pouco antes de sua morte, o autor passou uma hora com o Dr. Norman Vincent Peale, amigo de A.A., o Reverendo Sam Shoemaker, e Bill Wilson. O Dr. Peale falou-me das conversas que tivera com Bill Wilson à respeito da conversão de Bill. No entanto, até 1997, não tive notícias do relato de Peale acerca do Dr. William Duncan Silkworth. Pode ser encontrado no livro de Norman Vincent Peale, The Positive Power of Jesus Christ (O Poder Positivo de Jesus Cristo) [New York: Foundation for Christian Living, 1980], paginas 60-61. Aparece sob o título The Wonderful Story of Charles K.. (A Maravilhosa Estoria de Charles K.).
Charles, um homem de negócios de Virginia, tornou-se um bebedor contumaz; tanto que sentiu a necessidade de procurar ajuda, e rapidamente, pois sua vida estava desmoronando. Marcou uma consulta com o finado Dr. William Duncan Silkworth, um dos maiores experts em alcoolismo da nação, que trabalhava em um hospital publico de Nova Iorque (O Charles Towns Hospital). Recebendo Charles como paciente em sua clínica, o doutor administrou o tratamento por alguns dias, e então o chamou a seu consultório. Charles, disse ele, eu fiz tudo que é possível por você. Neste momento você está livre de seu problema. Mas há uma área em seu cérebro na qual você pode manter um resíduo, que eventualmente pode fazer com que você volte às bebidas. Gostaria de poder alcançar este local no seu inconsciente , mas droga, não tenho esta capacidade.
Mas doutor, exclamou Charles, o senhor é o mais capacitado médico neste campo. Quando o procurei, vim para o maioral. Se o senhor não pode me curar, então que pode faze-lo? O doutor hesitou por momentos, e então respondeu pensativamente, Há outro Doutor que pode completar essa cura, mas Ele é muito caro.
Está bem, disse Charles, Eu posso conseguir o dinheiro. Eu posso pagar seus honorários. Não posso voltar para casa antes de ficar curado. Quem é esse doutor aonde posso encontrá-lo?
Oh, mas esse Médico não é nem um pouco moderado nos custos, persistiu o Dr. Silkworth. Ele quer tudo o que você possui. Ele quer você, você por inteiro. Então Ele dá a cura. O preço é você por completo. Então acrescentou vagarosa e expressivamente, Seu nome é Jesus Cristo e tem seu Consultório no Novo Testamento e está à disposição a qualquer hora que você precisar Dele.
O Dr. Peale então descreve a recuperação de Charles através do poder de Jesus Cristo.


Esse artigo foi escrito por Dick B.
Para maiores informações históricas visite o site de Dick B.
http://www.dickb.com/ndex.shtml .

Contem 10 anos de pesquisas das origens bíblicas dos 12 Passos
Retirado com permissão de
http://silkworth.net/grapevine/grapevine traditions.html
Tradução: DS17AA Setor 05 Área RJ

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Parar de beber é fácil: DIFÍCIL É NÃO VOLTAR A BEBER


" PARAR DE BEBER É FÁCIL "

Dr. Eduardo Mascarenhas  (Psicanalista )
Parar de beber é tão fácil que não há alcoólatra no mundo que não tenha parado de beber dezenas de vezes. Algumas delas - é verdade - duram não mais que uma tarde ou uma noite. Nesse período, contudo, o alcoólatra jurou a si próprio que jamais voltaria a beber.
Geralmente essas decisões solenes de se manter afastado do copo vêm pela manhã seguinte de algum imenso pileque. A cabeça ainda está zonza, dói tanto que parece que há um martelo batendo no crânio; a boca está amarga e seca, o estômago em brasa, o corpo todo intoxicado. Nesse estado típico de uma "ressaca", vão reaparecendo, aos poucos, as lembranças da noite anterior: os vexames, as inconveniências, os despautérios. Acrescenta-se à ressaca física, a ressaca moral. Isso quando ressurgem as lembranças, pois muitas vezes o alcoólatra enfrenta a terrível angústia de não se lembrar de nada do que fez - o famoso "branco".
De tantas ressacas e vexames, o alcoólatra pára de beber por meses e até por anos. Que alívio! parece que não padece mais daquela terrível compulsão. Nem sente mais vontade de beber: vai às festas e nem se liga no garçom. Sinceramente, não sente mesmo mais falta da bebida. Nem sonha mais com ela...
Ora, com justa razão imagina-se curado. Não é mais alcoólatra. É uma pessoa como outra qualquer.

DIFÍCIL É NÃO VOLTAR A BEBER

Embalado nessa crença, estabelece a taxativa distinção: "beber é uma coisa, ser alcoólatra, outra".
Por via das dúvidas, contudo, não convém arriscar. Nada de whisky, vodca, conhaque ou cachaça. Ele já sofreu demais e respeita o álcool. Agora, um chopinho gelado - só um - ou um gole de vinho branco, também geladinho, não há de fazer mal a ninguém;
De fato, nada acontece. Naquele dia. Naquele dia seguinte, porém. à mesma hora, ele se lembra do dia anterior. E, pela primeira vez, volta a sentir uma vontadezinha de beber. Tenta se controlar. Aí vem aquelas ideias que até parecem sopradas por Satanás: "Mais um golinho não vai fazer mal! Hoje só. Amanhã você pára de vez. Só para matar a saudade!"
Talvez tome mais uma bebidinha, talvez não tome, mas recomeça a tortura: a vontade de beber volta e a luta contra ela leva-o à exaustão; até nos sonhos ele está bebendo ou louco para beber e já acorda pensando nisso. Sua vida se reduz a isso.
Nesse estado, a mente lhe propões um pacto: "Volte a beber, mas só à noite. Com moderação. E só bebidas fraquinhas, ou bebidas fortes com muito gelo e soda, em dose bem diluída, para render e não dar pileque". Ás vezes ele tolera esse pacto por alguns dias. Mas a vontade de beber não se modera nem se sacia. Manifesta-se cada vez com mais força. Aí ele volta a beber com a mesma fúria de antes. Talvez até com fúria maior, para ir à forra de todo aquele período em que não bebeu. Bebe tudo que bebia antes, mais tudo que deixou de beber.
Procura médicos e hospitaliza-se. Toma todo o tipo de remédio. Desintoxica-se, descansa a cabeça. Se tem dinheiro, vai ao psicanalista.
Mas nada resolve. Novamente pára um tempo de beber, para depois voltar ao álcool com voracidade redobrada.

Dr. Eduardo Mascarenhas ( Psicanalista )
Que o PS conceda-nos infinitas 24 Hs. SÓ POR HOJE!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Venha participar conosco - Hoje



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ALCOÓLICOS ANÔNIMOS
GRUPO ARAÇÁS
Rua Caracas, 103 - Araçás - Vila Velha - ES - CEP: 29103-540
Reuniões: Segunda, terça, quarta e sexta 19:30h.
(Próximo ao Maderauto Material de Construção)

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Fugir da armadilha do "SE"

Fugir da armadilha do "SE" -  Cap.25 Viver sóbrio
Complicações emocionais com pessoas não são a única maneira de vincular perigosamente a nossa sobriedade a algo estranho. Alguns de nós temos a tendência de colocar outras condições à nossa sobriedade, mesmo sem intenção.
Um membro de A.A. diz: "Nós, bêbados (*)", somos gente muito cheia de "se". Quando bebíamos, usávamos uma porção de "se" como usávamos de bebidas alcoólicas. Mitos de nossos devaneios começavam assim: "Se ao menos..." e estávamos sempre dizendo que não nos teríamos embriagado "se" alguma coisa ou outra tivesse acontecido ou que não teríamos problemas com a bebida "se"ao menos..."

(*) Alguns de nós do A.A. referimo-nos a nós mesmos como "bêbados", não importa há quanto tempo não bebamos. Outros preferem o termo "alcoólicos". Existem bons motivos para ambos. "Bêbado" é sempre alegre, tende a desinflar o ego, relembra-nos de nossa tendência para a bebida. "Alcoólico" é igualmente honesto, embora mais significante e mais adequado à noção atualmente bastante difundida e aceita que alcoolismo é uma enfermidade perfeitamente respeitável e não um desregramento intencional.
Todos nós acrescentávamos ao "se" as nossas próprias explicações (desculpas?) para nossas bebedeiras. Cada um de nós pensava: eu não estaria bebendo assim...
Se não fosse minha mulher (marido, namorada ou namorado)... se tivesse mais dinheiro e menos dívidas.., se não fossem todos esses problemas de família..., se eu não estivesse sob tanta pressão..., se tivesse um emprego melhor ou uma casa melhor para morar..., se as pessoas me compreendessem..., se este mundo não fosse tão nojento..., se todo mundo não esperasse que eu bebesse..., se não fosse a guerra (qualquer guerra)..., e assim por diante, indefinidamente.
Recapitulando esse modo de pensar e o comportamento daí resultante, verificamos, agora, que estávamos deixando que circunstâncias alheias a nós controlassem muito de nossas vidas.
Quando paramos de beber, muitas dessas circunstâncias retornam aos devidos lugares em nossas mentes. A nível pessoal, muitas delas realmente se tornam claras tão logo nos iniciemos na sobriedade; e, algum dia, começamos a ver o que podemos fazer com as outras. Enquanto isso nossa vida fica muito, mas muito melhor mesmo, na sobriedade, não importa o que possa acontecer.
Mas, então, depois de certo tempo da sobriedade, chega, para alguns de nós, um belo dia em que a nova descoberta nos dá um verdadeiro tapa na cara. O mesmo modo de pensar, cheio de "se" dos nossos tempos de bêbados, sem que os sintamos, penetrou em nossa vida de abstenção. Inconscientemente, colocamos condições á nossa sobriedade. Começamos a pensar que a sobriedade é ótima, "se" tudo for bem, "se" nada der errado.
Com efeito, estamos ignorando a natureza bioquímica imutável de nossa enfermidade. O alcoolismo não respeita "se" nenhum. Ele não se afasta nem por uma semana, por um dia, por uma hora sequer, deixando-nos não-alcoólicos e capacitados a beber outra vez em alguma ocasião especial ou por um motivo extraordinário nem mesmo por uma única comemoração em toda a vida ou se estivermos presos de enorme dor; nem se chover canivetes ou se as estrelas caírem. O alcoolismo para nós é incondicional, não admitindo a dispensa por preço nenhum.
Pode levar um pouco de tempo fazer penetrar essa convicção até a medula de nossos ossos. E, ás vezes, não reconhecemos as condições que, inconscientemente, vinculamos à nossa recuperação até algo sair errado, sem culpa intencional de nossa parte. E então, de súbito, eis a coisa. Não estávamos contando com "este" acontecimento.
A vontade de beber é natural em face de um desapontamento chocante. Se não conseguimos o aumento, a promoção ou emprego com que estávamos contando; se nossa vida amorosa anda atrapalhada; se alguém nos trata mal..., aí podemos ver que, durante todo o tempo, estivemos confiando em que as circunstâncias nos ajudariam a querer permanecer sóbrios.
Em algum lugar, escondida num remoto cantinho de nossa massa cinzenta conservamos uma pequenina restrição à condição para nossa sobriedade. E ela só estava esperando para atacar. Nós íamos todos felizes, pensando: "Sim, a sobriedade é uma beleza, e tenciono conservá-la". Nem sequer ouvíamos a sussurrada restrição: "Isto é, se tudo correr como eu quero."
Esses "se" estão além de nosso controle. Temos de permanecer sóbrios, não importa como a vida nos trata, não importa... se os não-alcoólicos apreciem a nossa sobriedade a despeito de tudo o mais, não dependente de pessoa alguma, nem sujeita a quaisquer circunstâncias ou condições.
Freqüentemente, temos verificado que não podemos ficar sóbrios por tempo suficiente só por causa da mulher, do marido, dos filhos, do namorado (ou namorada), dos pais, dos outros parentes, de um amigo; nem por causa de um emprego; nem para agradar o patrão (ou o juiz, o médico, o credor); nem por causa de ninguém mais, a não ser nós mesmos.
Vincular nossa sobriedade a qualquer pessoa (mesmo a outro alcoólico recuperado) ou a qualquer circunstância é insensato e perigoso. Quando pensamos: "Ficarei sóbrio "se"..." ou "Não beberei por causa de..." (preencha com qualquer motivação diferente de nosso próprio desejo de recuperar-nos e de gozar de boa saúde), involuntariamente começamos a beber tão logo a condição ou a pessoa mude. E qualquer uma delas pode variar a qualquer momento. Independente, não-afiliada a qualquer outra coisa, nossa sobriedade pode crescer bastante para nos capacitar a enfrentar as circunstâncias e as pessoas. E, como você verá, começaremos a gostar também dessa sensação.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

TEMÁTICA - ESCOLHAS CONSCIENTES PARA UMA VIDA DE PAZ.



 

Venha participar conosco, traga sua família.  
ALCOÓLICOS ANÔNIMOS
GRUPO ARAÇÁS
Rua Caracas, 103 - Araçás - Vila Velha - ES - CEP: 29103-540
Reuniões: Segunda, terça, quarta e sexta 19:30h.
(Próximo ao Maderauto Material de Construção)


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

ROTATIVIDADE NO SERVIÇO: CHAVE PARA O NOSSO FUTURO.

 

Rotatividade no serviço: chave para o nosso futuro
Dr. Oscar Rodolpho Bittencourt Cox
Ex Presidente da Junta de Serviços Gerais do Brasil


Quando os veteranos perceberam a finitude da vida do Ser Humano e a grandiosidade daquilo que casualmente ocorreu entre dois bêbados, ou seja, a possibilidade de deixarem de beber, identificaram um sério problema existencial para a continuação daquilo que descobriram.
Bill e Dr. Bob, considerados co-fundadores da Irmandade de Alcoólicos Anônimos, nos primeiros momentos foram buscar outros bêbados e Bill mostrou a eles a possibilidade de formar uma cadeia de reabilitados diante da doença do alcoolismo.
Alcoolismo, doença secular, sem solução plausível e que agora no século XX começou a ser interrompida no seu processo destruidor. Os números e estatísticas mostram a extensão deste mal e quando o câncer surgiu no corpo do Dr. Bob, levando-o a falecer em novembro de 1950, percebeu-se que o processo de recuperação dos alcoólicos não podia ser interrompido.
A estrutura de A.A, nos primórdios apresentava duas Áreas de atuação que corriam em paralelo, isto é, sem contato uma com a outra. A primeira, formada pelos Grupos, vivenciando o programa e a segunda, pelos amigos de A.A. que orientavam e, juntamente com os co-fundadores, administravam a Irmandade (Fundação do Alcoólico, criada em maio de 1938 – futuros Custódios Não Alcoólicos).
Ocorreu então, historicamente, um processo dirigido por Bill W. de aproximação para que os grupos apreendessem estes amigos, esta administração e juntos assumissem o comando do processo. Deste modo a finitude humana não mais teria influência sobre o destino de A.A. podendo se esperar a perenidade desta recuperação tão inovadora e espetacular em que pessoas doentes pudessem assumir a própria responsabilidade sobre sua saúde e vida.
A ameaça à saúde do Dr. Bob o, talvez, poder moderador, junto à impulsividade de Bill W., levou a que em 1950 ocorresse a 1ª Convenção Internacional em Cleveland (julho 1950) com a anexação das Tradições ao programa. É em abril de 1951, após a 1ª Conferência de Serviços Gerais, que começa um período experimental de cerca de cinco anos, unindo os Custódios de A.A. com a Irmandade como um todo.
Deste primeiro encontro houve uma caminhada contínua até 1955, quando em Saint Louis, Bill W. se retira da direção de A.A. e os Grupos passam a assumi-la. Nesta época, já eram conhecidos pela Irmandade os Passos da Recuperação (1939) e as Tradições (1946).
Surge então, a necessidade do treinamento, da preparação de novos líderes em A.A.. Pessoas que pelo amor e gratidão à sua recuperação, desejam participar da manutenção do processo que um dia as salvou. Em Alcoólicos Anônimos se dá o nome de -APADRINHAMENTO EM SERVIÇO. Apadrinhar quer dizer compartilhar erros e acertos e deixar que o apadrinhado caminhe ao lado. Para tal, tenho que estar aberto e desapegado para estender a mão.
A partir de 1962, quando surgem os Conceitos, o 4° nos informa: "A participação é a base da harmonia".
A estrutura em serviço através do Manual sugere uma série de encargos e períodos para exercê-los. Surge daí, como conseqüência, a necessidade de um grande número de membros serem apadrinhados nos encargos o que inexoravelmente só é possível com grande oferta de pessoas e logicamente: ROTATIVIDADE.
A ROTATIVIDADE EM SERVIÇO necessita de muitos servidores novos chegando, apadrinhados pelos veteranos, que passando pelos encargos, não mais os ocupam, mas que, presentes, estimulam e criam novas lideranças.
Para isto, membros de A.A., precisam aprender a AMAR.
AMAR É PERMITIR QUE O OUTRO SEJA ELE, AO MEU LADO.
A ROTATIVIDADE NÃO É DESCARTAR.
A ROTATIVIDADE POSSIBILITA APRENDER A AMAR.
A ROTATIVIDADE POSSIBILITA CONVIVER COM AS DIFERENÇAS.
A "ROTATIVIDADE – CHAVE PARA O FUTURO" é um grande desafio para Alcoólicos Anônimos porque exige pré-requisitos fundamentais: a TRANSFORMAÇÃO DO MEDO PESSOAL em relação à doença e de si mesmo (distonia) numa entrega e confiança a um Poder Superior.
SÓ O PODER SUPERIOR RETIRA O MEDO HUMANO
Daí, o cidadão poder exercer A PRÁTICA DO AMAR.
Outro requisito fundamental: temos que confessar que não sabemos AMAR e pedir ajuda para o aprendizado.
Um terceiro quesito é o desapego. O desapego a coisas e pessoas é possível quando entro no processo do autoconhecimento em que os referenciais externos eu próprio os desloco para dentro de mim. São meus valores que passam a me orientar. Deixo o perfeccionismo, pois não tenho mais que agradar pessoas para que elas me amem. Deixo de ser condicionado pelos outros e passo a ter meus próprios pontos de referência através dos sentimentos. Posso acertar como errar. Acredito ser uma pessoa.
Devido a estas dificuldades, o animal-homem (Homo sapiens) quando em grupo confiável tende biologicamente a defender um corporativismo cada vez mais conservador e conseqüentemente destruidor.
O grupo defende o membro deste grupo e este protege o grupo e assim, o conjunto (membro/grupo), agindo com esse poder, atropela o direito do indivíduo, o direito das minorias em particular. Este mesmo indivíduo, fora do grupo, apresentará um discurso que não condiz com sua conduta quando no grupo.
Este aspecto biológico é combatido pela ROTATIVIDADE e daí o título: CHAVE PARA O FUTURO pois, será graças a ela que OS PRINCÍPIOS serão preservados. Daí, o recém-chegado ao grupo ser o mais importante na reunião.
Esta visão é extremamente revolucionária para a humanidade. Estamos moldando, na visão de Bill W., um novo Homem em recuperação e mais espiritualizado.
Toda empresa e A.A. têm o seu lado empresarial. A.A. é uma grande editora, que tende a proteger, como toda empresa, sua condição de sobrevivência empresarial, quando ameaçada. Mas como A.A. possui o lado tradicional (o mais importante), será a ROTATIVIDADE a sua grande protetora. Ela deve ser almejada, tendo como única autoridade a consciência de grupo, facultando o não temer os novos servidores em potencial, seus novos desafios de cada vez mais abrir toda a estrutura em todos os níveis de serviço, do grupo aos comitês da Junta, onde todo alcoólico em recuperação deve e pode circular apadrinhado e apadrinhando. Na Junta urge a presença de membros de A.A. de todas as áreas presentes aos Comitês de Assessoramento e em especial:
CAC: COMITÊ DE ASSUNTOS DA CONFERÊNCIA;
COC: COMITÊ DE ORGANIZAÇÃO DA CONVENÇÃO.
Cientificamente, o exercício prolongado e repetitivo, relativamente passivo, onde a falta de renovação existe, (como exemplo podemos citar: espetáculos, televisão, leitura de jornais e revistas de conteúdo superficial) provocam rapidamente o tédio e a aversão. No nosso caso, serviços e grupos "quase parando", maratonas repetitivas e intermináveis são os exemplos. Estas atividades assim postas não estimulam suficientemente nosso organismo.
A Psicologia Industrial nos mostra que a produção de um empregado é melhor e sua motivação é mais elevada quando lhe confiam um trabalho no qual pode exercer certa medida de iniciativa e de criatividade e, sobretudo, quando lhe é permitido completar uma parte significativa e unificada deste trabalho ao invés de confiá-lo à repetição mecânica de gestos minuciosamente medidos.
Resumindo, eis a importância sob um outro aspecto da ROTATIVIDADE.
Há muitos anos o G.S.O. (General Service Office) adotou o conceito da ROTATIVIDADE nos encargos do pessoal de A.A.
Para o conhecimento e exercício de todos os encargos da estrutura de A.A. há, portanto, necessidade de estar ao lado da experiência e da vivência de erros e acertos. Isto é a ROTATIVIDADE DINÂMICA onde o apadrinhamento não pode ser capenga porque o alcoólatra não se estruturou no AMAR, não foi orientado a aprender a AMAR: a ser ele e, logicamente, não sabe o que fazer. Podemos chamar de um "EGOÍSMO ENVERGONHADO".
Do exposto acima é que provém a queixa comum da falta de servidores, permanecendo as mesmas pessoas em serviço apenas mudando de encargos.
Este movimento rotatório dos mesmos servidores é movimento de morte, porque não havendo "sangue novo", o corporativismo cresce e a desconfiança acompanha, logo acabando em fechar a mão de A.A.
A Irmandade morre.
O membro de A.A. deve aprender e exercitar o pertencer. Daí, repetindo o título: ROTATIVIDADE NO SERVIÇO: CHAVE PARA O NOSSO FUTURO.
Este é, portanto, um grande desafio para Alcoólicos Anônimos.
Estes comentários devem ser exaustivamente praticados e não devemos fugir do conflito. Temos que aprender a conviver com as diferenças. E é isto a prova maior de AMOR, de entrega ao PODER SUPERIOR.
Eis um grande desafio proposto para Alcoólicos Anônimos a partir desta Conferência.
Estejamos desarmados, com mente aberta e boa vontade para discutir o melhor para Alcoólicos Anônimos.
Para todos nós, uma boa Conferência.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Como podemos manter o A. A. simples?

Como podemos manter o A. A. simples?

Este número da Grapevine (revista de Alcoólicos Anônimos dos Estados Unidos) chegará às mãos de seus leitores em julho, o mês em que celebramos o vigésimo quinto aniversário de A. A. em Long Beach, Califórnia. Cruzaremos um novo portal para o nosso futuro. Nos alegraremos ao pensar nas dádivas e nas maravilhas do ontem. E voltar a consagrar a realizar a imensa promessa do amanhã, sem dúvida consideramos nossa posição atual. Conseguimos manter “A. A. simples” ou inadvertidamente, cometemos algum erro?
Ao refletir sobre estas questões, comecei a considerar nossa estrutura básica: aqueles princípios, relações e atitudes que formam a substância de nossos Três Legados de Recuperação, Unidade e Serviço. Em nossos Doze Passos e Doze Tradições, encontramos vinte e quatro princípios bem enunciados. Em nosso Terceiro legado se incluem os estatutos para serviço mundial que prevê a existência de milhares de representantes de serviços gerais, centenas de membros de comitês locais, oitenta delegados da Conferência de Serviços Gerais, junto com o pessoal de nossa Sede, especializados em assuntos legais, financeiros, de Relações Públicas e de publicações e seus ajudantes. Nossos serviços de Grupo e de área contribuem ainda mais para esta aparente complexidade.
Na primavera passada, completaram-se 22 anos do estabelecimento de nossa junta de custódios para o A. A. no seu todo. Até aquele momento, não havíamos tido princípios enunciados nem serviços especiais. Não havíamos sequer sonhado com os Doze Passos. E quanto às Doze Tradições, basta dizer que éramos uns quarenta membros com apenas três anos de experiência. Assim que não tínhamos muito que fosse “tradicional”. A. A. era composto dois Grupos pequenos um de Akron e outro em Nova Iorque. Éramos uma família muito íntima. O Dr. Bob e eu éramos os “papais”. Naqueles dias, se fazia o que nós dizíamos. As salas de reuniões eram as salas de estar de nossas casas. A vida social se desenvolvia ao redor dos cafés nas mesas de nossas cozinhas. O alcoolismo se considerava, certamente, como uma enfermidade mortal. A honradez, a confissão, a reparação dos danos, o trabalho com outros e a orientação eram a única fórmula para nossa sobrevivência e desenvolvimento. Esses eram anos sem complicações, de facilidade. Não havia necessidade da máxima: “Mantenham-no simples”. Não podíamos ter sido menos complicados.
O contraste entre então e agora é impressionante. Para alguns de nós é horripilante. Portanto, perguntamos: “Terá seguido o A. A. a advertência do Dr. Bob de mente-lo simples?” Como poderíamos enquadrar os Doze Passos, as Doze Tradições, a Conferência de Serviços Gerais e Convenções Internacionais de hoje com nosso A. A. original de “cafés e bolos”?
Para mim, não me parece difícil fazê-lo. A simplicidade autentica de hoje se encontra, creio eu, em qualquer princípio, prática e serviço que sirvam para assegurar para sempre nossa harmonia e eficácia geral. Portanto, foi melhor anunciar claramente nossos princípios do que deixá-los em termos vagos; melhor classificar suas aplicações do que deixá-las indefinidas; melhor organizar nossos serviços do que deixá-los ao azar ou não ter nenhum método para realizá-los.
Um retorno à época da mesa da cozinha não nos daria a desejada simplicidade. Só poderia significar a irresponsabilidade, a discórdia e a ineficácia em grande escala. Imaginem: não haveria princípios orientadores bem definidos, não haveria literatura, nem salas de reunião, nem apadrinhamento planejado, nem direção estável, não haveria relações bem estabelecidas com os hospitais, nem saudáveis Relações Públicas, nem serviços locais ou mundiais. Voltar a essa época de simplicidade dos dias do passado seria tão absurdo como vender o volante, o depósito de gasolina e os pneus do carro da família. O carro seria sem dúvida uma coisa simples – eu não teria que comprar gasolina ou pagar os consertos. Mas nosso carro não andaria. A vida familiar apenas se poderia considerar mais simples; logo porém ficaria confusa e complicada.
Uma anarquia exposta de A. A., animada unicamente pelo espírito de “reunamo-nos”, simplesmente não nos basta para os Aas de hoje. O que em 1938 dava bons resultados para uns quarenta membros não vai funcionar para os 200.000 Aas de 1960. Nossa maior grandeza, e por conseguinte, nossas maiores responsabilidades constituem a diferença entre a infância de A. A. e a sua maioridade. Nos demos conta de como seria idiota tentar recuperar a simplicidade que conhecíamos em nossa infância para desta forma evitar a simplicidade com a qual sempre temos que enfrentar para “mantê-lo simples” hoje. Não devemos atrasar o relógio nem devemos tentar fazê-lo.
A história da evolução de nossas idéias a respeito da “simplicidade para hoje” é fascinante. Por exemplo: chegou a hora em que tivemos que codificar – ou organizar, se assim o preferem – os princípios básicos que havia, surgido de nossa experiência. Colocou-se muita resistência à essa idéia. Muitos membros expressavam a firma convicção de que, com a publicação dos Doze Passos estava-se complicando o muito simples (ainda que algo confuso) programa de recuperação transmitido por palavras. Dizia-se que “estávamos atirando a simplicidade pela janela”. Mas não era assim. É só perguntar-se, “Onde se encontraria hoje o A. A. sem os Doze Passos?” Só Deus sabe o bem que se fez com a enumeração precisa e a publicação destes princípios em 1939. A codificação simplificou muito a nossa tarefa. Quem pode dizer o contrário agora?
Em 1945, elevou-se o clamor parecido quando enunciaram-se claramente nas Doze Tradições de A. A. sólidos princípios para vier e trabalhar juntos. Nos parecia muito difícil chegar a um acordo a respeito. Não obstante, quem pode dizer agora que as Tradições complicaram nossas vidas? Ao contrário, estes princípios tão claramente definidos simplificaram grandemente a tarefa de manter a unidade. E para nós, os Aas, a unidade é uma questão de vida ou morte.
O mesmo aconteceu em todas as partes com nossos serviços ativos, especialmente os serviços mundiais. Quando se criou nossa primeira junta de custódios de A. A., havia graves inquietações. As pessoas sentiam-se muito alarmadas porque esta operação supunha certos trâmites legais, certas questões de autoridade e de dinheiro e algumas transações comerciais. Dizíamos alegremente que A. A. havia “separado completamente o material do espiritual”. Portanto, produziu-se uma grande emoção quando o Dr. Bob e eu propusemos os serviços mundiais; quando insistimos que estes serviços tinham que estar encabeçados por uma junta permanente; e ainda quando dissemos que havia chegado o momento de que – pelo menos nessa esfera – teríamos que colocar o material a serviço do espiritual. Alguém que tivesse experiência teria que tornar à direção, e teria que haver gasolina no depósito de A. A.
A medida que nossos custódios e seus colegas começaram a levar nossa mensagem para todo o mundo, pouco a pouco nossos temores começaram a desaparecer. A. A. não se havia tornado mais complicado. Havia se simplificado. Podiam perguntar a qualquer um das dezenas de milhares de alcoólicos e seus familiares que estavam chegando ao A. A. graças aos nossos serviços mundiais. Suas vidas sem dúvida haviam sido simplificadas. E, em realidade, as nossas também.
Quando em 1951 reuniu-se pela primeira vez a nossa Conferência de Serviços Gerais, voltamos a conter a respiração. Para alguns estes acontecimentos significavam um desastre total. Agora as brigas e as politicagens seriam a norma. Nossos piores traços de caráter tomariam a dianteira. A serenidade de nossos custódios e de todos os demais se veria transtornada (como as vezes de fato aconteceu). Poriam se obstáculos à nossa grandiosa espiritualidade e à terapia de A. A. Alguns se embebedariam por esse motivo (e de fato, alguns o fizeram). Mais forte do que nunca se ouvia gritar: “Pelo amor de Deus, mantenham-no simples!” Alguns membros protestavam. “Por que o Dr. Bob, Bill e os custódios não podem continuar dirigindo estes serviços? Essa é a única forma de mantê-lo simples”.
Porém, poucos sabiam que o Dr. Bob estava doente de morte. Ninguém parou para pensar que em breve só restariam um punhado de pioneiros; e que também estes não tardariam em desaparecer. Os custódios se encontrariam muito afastados e desconectados da Irmandade a qual serviam. O primeiro grande vendaval os poderia derrubar. A. A. sofreria um ataque do coração. Quase com total certeza o resultado seria um colapso irreparável.
Portanto, nós Aas tivemos que tomar uma decisão: O que seria realmente o mais simples?
Conseguiríamos estabelecer essa Conferência de Serviços Gerais, apesar de seus gastos e perigos particulares? Ou ficaríamos em casa de braços cruzados, esperando as funestas conseqüências de nosso temor e nossa insensatez? Nos perguntávamos, o que seria melhor a longo prazo, e, portanto, o mais simples? Como revela nossa história, nos colocamos em ação. A Conferência de Serviços Gerais de Alcoólicos Anônimos acaba de celebrar sua décima reunião. Com toda certeza sabemos que este instrumento consolidou nossa unidade e assegurou a recuperação de milhares de alcoólicos enfermos que ainda estão por vir.
Por conseguinte, creio que temos mantido a fé. Na minha opinião, foi agindo da maneira como temos feito que conseguimos que o A. A. seja verdadeiramente simples. Pode ser que alguns ainda nos perguntem: Não estaremos nos afastando de nossa Tradição original segundo a qual “A. A. como tal, nunca deverá ser organizado?” Absolutamente, não.
Não estaremos “organizados” enquanto não criarmos um governo; enquanto não dissermos quem deve ou não ser membro; enquanto não autorizarmos nossas juntas e comitês de serviços a impor castigos por falta de afinidade, por não contribuir com dinheiro ou por mau comportamento. Eu sei que cada AA em seu coração compartilha a convicção de que nunca poderá acontecer nenhuma dessas coisas. Simplesmente organizados, nossos princípios para que se possam entender melhor, e continuarmos organizando assim nossos princípios com a finalidade de poder fazer uma transfusão do sangue vital de A. A. aos que sem ele morreriam. Nisto consiste exclusivamente a “organização” de A. A. Nunca poderá haver mais. Uma pergunta para terminar: “Terá desaparecido do mundo de A. A. a época de café e bolos de amizades íntimas porque nós estamos modernizando?”

sábado, 2 de fevereiro de 2013

NOVOS NUMEROS DO PLANTÃO AL-ANON ES.









Fwd: NOVOS NUMEROS DO PLANTÃO


REPASSANDO, NOVOS NÚMEROS DE TEL. DO PLANTÃO AL-ANON NO ES.






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Alcoólicos Anônimos
Grupo em Itapoã

Anexo a Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Itapoã

Rua Curitiba, 560 - Itapoã, Vila Velha, ES. (próximo à praça Dom Cavati)

Reuniões: Quarta e Sexta feira - 19:30h

E-mail: grupodeaaemitapoa@gmail.com

Caso não queira mais receber nossos e-mail, responda este e-mail com o assunto remover.